quinta-feira, 6 de maio de 2010

Malaxofobia = Medo de amar

O que é que eu posso dizer a alguém que está com medo de amar? O que é que eu posso dizer a alguém que se apaixonou e está com medo de arriscar? O que é que eu posso dizer a alguém que já sofreu alguns desgostos de amor e que, com alguma legitmidade, teme que lhe aconteça o mesmo? O que é que eu posso dizer, quando eu acredito com todas as minhas forças... no Amor.
Consigo entender quem já amou muito e foi magoado. Consigo entender, também, quem já amou muito, foi magoado e continua crente no Amor. Só não me peçam para entender quem tem medo de amar. Não consigo. Não encaixa. Não dá.
Se duas pessoas estão muito apaixonadas, se duas pessoas concluem que têm tanto em comum e que a vida faz muito mais sentido desde que se conhecem, o que as impede de mergulhar no Amor? O que as faz temer? O que as faz duvidar? O medo? Medo de amar? De amar? O medo de tudo poder perder, mas também tudo poder ganhar?
Não sei. Mas o que eu temo, por estas pessoas (com todo o respeito que me merecem) é que um dia olhem para trás e se arrependam amargamente de, um dia, terem voltado as costas ao amor... que percebam que não tinham nada a perder se tivessem arriscado e apostado no que estavam a sentir, e que nesse dia, no dia do arrependimento, já é tarde, muito tarde. E eu acho que é bem feito, porque o amor merece sempre uma nova oportunidade. Acho. Acho mesmo.
E se alguém me fizesse sentir, ainda que de forma velada, uma indecisão destas*, podia esperar de mim tudo, menos o Amor.
* - fazendo aqui uma analogia à ficção, que tantas vezes se assemelha à realidade, quem teve sorte, muita sorte, foi o Mr. Big, porque a Carrie lhe perdoou a humilhação (e desilusão) que ele lhe fez sentir num dia tão esperado, sonhado e desejado. Ninguém merece tal hesitação e idiotice. E, na vida real, duvido que o final tivesse sido aquele: a Carrie perdoa o Mr. Big e vivem felizes para sempre (ou não, veremos no próximo SATC 2). Duvido. Até porque nos filmes é sempre tudo muito mais pink.