quarta-feira, 10 de agosto de 2011

✈ Ou 8 ou 80

Aquilo que eu mais "gosto" no controlo dos aeroportos é a dualidade de critérios. Não consigo entender a diferença que existe entre países.
Para uns é o extremo, o excesso de zelo e alguma falta de razoabilidade. Para outros a desbunda, passo a expressão. Nuns não podemos levar nada do que, supostamente, a lei permite: comida para o bebé, água para o leite, creme muda-fralda, biberon de água, iogurtes, nada... Ficou tudo no aeroporto porque alguém decidiu implicar connosco logo pela aurora.
Noutros podemos levar tudo, líquidos incluídos, papas, cremes e uma panóplia de coisas, que ninguém nos pede para experimentar, nem sequer para controlar ao pormenor. A única preocupação daqueles senhores é saber se temos, ou não, um portátil connosco. Nada mais.
Num acordaram o Martim para fazer uma "revista" minuciosa: a ele, a mim e ao carrinho. No outro nem sequer foi necessário tirá-lo do carro: ia a dormir e não se acorda o bebé...
Em Portugal deu-se o primeiro caso, com uma senhora da Prossegur Prosegur em stress total com o nosso filho, as coisas que levavamos para o nosso filho, o controlo [revista] ao nosso filho e coisas a mais, na sua opinião, para o nosso filho. Parecia um filme, mas de terror.
Na Suiça deu-se o segundo caso e parecia que tinhamos entrado no aeroporto mais peace and love do mundo, onde nunca ninguém ouviu falar de terrorismo, ameaça de bomba ou coisas que, para aqueles senhores, só existem nos filmes de realizadores mentalmente perturbados.
A verdade é que eu continuo sem entender esta dualidade de critérios. A aplicação variável das regras que vai do 8 ao 80.