terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Acordar em Dezembro [aqui]




Tem estado 1º. Às vezes menos. Tenho as mãos e os pés sempre gelados. Não há luvas e meias que me aqueçam o suficiente para não andar sempre a tremer. E é também a tremer que falo quando me cruzo com alguém e destapo a boca, até então completamente sufocada com o cachecol mais grosso que tenho.
O frio, ai o frio senhores, cortante, a minha respiração intermitente, o nariz gelado e vermelho, a pele que teima em me causar desconforto (mesmo com muito creme e o adequado a baixas temperaturas), o gorro que não colabora e me deixa o cabelo gelado e cheio de electricidade (um espectáculo digno de registo quando o tiro), a ânsia pelos chás, leites e sopas a ferver, e o respirar de alívio quando entro num qualquer edifício ou volto para casa.
Não nasci para viver no ártico. Definitivamente.